quarta-feira, 7 de abril de 2010

I'll survive

Academia: Aí está um tema um tanto batido e, para mim, é obvia a explicação do Por que, milhares de pessoas ao redor do mundo todo teimam em escrever sobre esse tema...
Bom, como todos já sabem sou uma pessoa um tanto sedentária, e para os meus padrões, eu vou bastante à academia: cerca de três vezes por semana a cada três semanas e, para não ficar pensando em quanto tempo falta pra acabar ou em quantas calorias tinha tudo o que eu comi e que mesmo se eu correr até morrer, meu saldo vai continuar negativo, me resta observar os guerreiros ao meu lado.
Vamos começar pelo frangote. Que academia não tem um frangote ? Magrelo, todo marrento que chega falando no iPHONE e sempre desliga com um “Pô “lelesk”, to chegando aqui na ‘cademia...haha, é...Pode deixar, as mina vão pira na minha massa, falou aí.”
Imagina só, a cena em si já é engraçada por causa de toda a “massa” do filé de borboleta, mas o pior mesmo é quando ele coloca a METADE do peso que EU coloco (que sou eu, vamos combinar) no “leg press” e sai todo suado, sem conseguir formular uma palavra, todo pomposo.
Temos sempre também as ratas de academia:
Tem aquela velha turbinada, com o cabelo loiro até a cintura e a pele cheia de botox (graças a todo o “raquito de Sol” que ela provavelmente passou para torrar no Sol nos anos 60, quando ela era a gatinha da praia e o Guarujá ainda era mata virgem), que quando você chega, já está lá e quando você vai embora, ela ainda nem trocou de aparelho.
Tem a velha gorducha, que fica babando em cima do personal, que está lá obviamente pra trazer mais clientes pra academia, que sempre chega falando: “Fulaninho (vamos chamar o personal assim pra eu não ter problemas), eu to com umas dorzinha na coxa... Aí óbvio, que ele tem que ensinar a véia a fazer uma massagem com gelol, para ela poder fazer em casa, só que é claro que ela não vai fazer, por que é mentira.
A diferença entre as duas, é que a primeira realmente vai pra malhar, para reviver os tempos de glória, e a segunda anda na esteira o tempo todo e só aumenta o grau de dificuldade do aparelho quando o personal está por perto, pra msotrar eficiência. A semelhança, todo mundo já sabe, as duas estarão sempre de legging e top, demonstrando, para nós, a lei da gravidade.
Os gordinhos, por sua vez, não poderiam faltar, mas não podemos generalizá-los, então, eu dividi em duas categorias:
O gordinho que tenta ser bacana: Ele chega, conversa com todo mundo, com o cara da catraca, a mocinha que tira o lixo, o personal, a personal, o cara da manutenção e claro, comigo.
Estamos os dois em cima da esteira, atrás daquela desgraçada que corre duas horas inteiras no nível 9 e sai sem nem suar, é claro que o gorducho tem que olhar pra mim e soltar uma pérola: “É... A gente sofre...” e dá uma risadinha tipo “amigão”.
Como assim, “A GENTE”? Tio, pelo amor de Deus...
Tem o gorducho motivado: Ele chega todo equipado, com polar e tudo, faz alongamento, faz um tempo certo de todos os equipamentos e se alonga de novo, só que NUNCA emagrece. Eu simpatizaria com o cara, às vezes as pessoas têm dificuldade, mas como a academia é no meu clube e eu sempre vejo o que as pessoas comem, eu acabei descobrindo que a culpa é do “Paillard de filé mignon com pommes frites” (o nome de chique de PF de arroz, feijão, farofa, ovo, bife e batata frita) que vem acompanhado, é claro, de uma coca zero (já que ele está de regime, ou dieta, por que gordo nunca está de regime).
E toda a academia tem um elemento motivador: Aquele cara sarado, bonito, que chega de terno e troca por uma roupa daquelas que não valorizam ninguém, só ele, educado, que atende o Black Berry em Inglês e depois em alemão, enquanto malha, que é o homem de todas as vidas e ta sempre lá com o seu iPOD de ultima geração, concentrado.
Estava eu, feliz depois de acabar mais um treino, quando passei pela esteira do homem e finalmente descobri o que ele tanto ouvia: Um grande hit dos anos 70, da Diana Ross, “I’m coming out”.
Bom, nada é perfeito, mas enquanto ele não sai mesmo do armário, ainda me resta uma pequena esperança e, como disse outra diva dos anos 70, “I’ll survive”.

2 comentários:

  1. continue malhando senao voce terá um dos maiores disabores da sua vida.... voce sabe o porque hahaha

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  2. Dead Princess Peach,
    Aparentemente, apesar de ser uma boa profissão, você não seguira os passos de sua mãe como arquiteta...
    Não que o fato de sua aptidão como escritora seja de espanto, pelo contrário. Desde sempre acreditei que sua vocação para a escrita fosse algo memorável.
    Espero poder gastar o pouco tempo livre que me resta divertindo-me com seus contos e histórias,

    PS: se não me engano, está faltado um texto ai...um texto um pouco cabeludo.

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